Em um julgamento marcado pela emoção e pela busca por justiça, Fábio Nei foi condenado a 39 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato da ex-esposa, a professora Aline Souza. O crime, ocorrido em 2023, chocou a comunidade de Gandu e levantou questões sobre a violência contra a mulher e a insuficiência de medidas protetivas.
A audiência, realizada nesta quarta-feira (27), aconteceu de forma virtual, com Fábio Nei participando por videoconferência. A sessão foi conduzida pela juíza Luana Martinez, acompanhada pelo promotor Pedro Rabel e pelo assistente de acusação Filipe Carneiro. O júri, composto por seis mulheres e um homem, ouviu depoimentos que destacaram o histórico de agressões do réu contra Aline. Durante o julgamento, Fábio Nei afirmou não se lembrar dos detalhes do crime, mas pediu por justiça.
O caso teve grande mobilização popular. Juan Souza, filho mais velho de Aline, liderou uma campanha incansável por justiça, recebendo apoio de familiares, amigos e moradores de Gandu, que marcaram presença em frente ao fórum com faixas e mensagens de solidariedade. Sandra Souza, irmã da vítima, assumiu a guarda do filho caçula de Aline, que presenciou o crime e enfrenta sequelas psicológicas, incluindo lapsos de memória.
O feminicídio de Aline Souza reflete uma realidade alarmante no Brasil. Em 2023, mais de 1.400 casos de feminicídio foram registrados no país, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A sentença de 39 anos de prisão foi recebida como um sinal de esperança e justiça para as vítimas de violência doméstica.
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