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Em Camamu, novo Centro Cultural valoriza tradição de comunidade quilombola e garante renda para mulheres artesãs

No total, 22 famílias quilombolas serão beneficiadas diretamente com o Centro Cultural, que promoverá ações de cultura também para os jovens, garantindo autonomia e capacitação para que possam desenvolver ações de arte e cultura no local.

22/12/2024 05h57
Por: Redação
André Frutuoso/Ascom CAR
André Frutuoso/Ascom CAR

A população de Camamu, no baixo sul do estado, passou a contar com um espaço adequado de valorização de diversas expressões culturais como artesanato, marcenaria, culinária, carpintaria, samba de roda e roda de capoeira. O novo Centro Cultural da Associação dos Moradores Remanescentes do Quilombo Tapuia foi entregue na quinta-feira (19), pelo Governo o Estado da Bahia.

O Centro Cultural foi requalificado e ampliado, com intervenções na obra civil e aquisição de máquinas e equipamentos. A ação foi executada pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). O equipamento garante a continuidade das tradições culturais na comunidade remanescente de quilombo e possibilita a geração de renda das mulheres artesãs, maioria no local.

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De acordo com o diretor-geral da CAR, Alexandre Simões, as políticas públicas são transversais e contemplam ações como a do Centro de Cultura na Tapuia, que representa a valorização das expressões culturais e também uma forma de contribuir com a geração de renda. “Estão fabricando doces, salgados, que também podem ser comercializados, além do artesanato, entre outras atividades. Então, é essa integração de políticas públicas que, efetivamente, vem transformando a realidade e a vida do agricultor e agricultora familiar na Bahia e dos povos e comunidades tradicionais como a da Tapuia”.

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Rosenita da Luz, coordenadora de Cultura da Associação, comenta o valor que o novo centro tem para transformação local. “Antes, nós tínhamos um espaço que era destinado exclusivamente para a festa, mas agora, com a requalificação e ampliação, ele se tornou um espaço de produção de artesanato e culinária, além do fomento à cultura. Isso para nós mulheres da comunidade têm grande importância porque dá visibilidade ao nosso trabalho de artesanato e vai gerar renda para as nossas famílias”, declarou.

A valorização quilombola emociona mulheres como a presidente da Associação, Elenilda Góes. “É um sentimento que eu não consigo explicar. Eu me tornei associada depois que percebi os esforços da comunidade com minha filha, que passou em um vestibular em Amargosa, para o Curso de Licenciatura em Química, por meio do sistema de cotas. Hoje, estou presidente da Associação e tenho muito orgulho desse Centro, que nos faz acreditar que a nossa vida vai melhorar daqui pra frente”.

No total, 22 famílias quilombolas serão beneficiadas diretamente com o Centro Cultural, que promoverá ações de cultura também para os jovens, garantindo autonomia e capacitação para que possam desenvolver ações de arte e cultura no local.

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