Otto Alencar evita intervir em possível conflito entre Rui Costa e Haddad

O senador Otto Alencar (PSD) afirmou neste sábado (1º) que não pretende intervir em um eventual conflito entre os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Fazenda, Fernando Haddad. Em entrevista à revista Veja, o futuro presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado disse que tem boa relação com ambos e que não se envolveria em qualquer desentendimento entre os dois. “Eu nunca ouvi dizer que o Rui Costa briga com o Haddad ou brigou com o Haddad. Se tiver briga, eu não vou apartar, porque quando eu era estudante de medicina e jogava capoeira, eu só apanhei em briga de rua quando fui apartar briga. Então, eu não aparto briga de ninguém. E também não estimulo briga de ninguém, entendeu? Cada um faça lá como quiser”, afirmou Otto.

O parlamentar ainda destacou sua boa relação tanto com o ex-governador da Bahia quanto com o chefe da equipe econômica do governo Lula. “O Rui Costa, eu tenho uma ótima relação com ele, foi um grande governador da Bahia, marcou sua passagem com grandes realizações, e o Haddad também, eu tenho uma boa relação. Portanto, se eles estão brigando, eu não sei, eu não vou apartar”, reforçou.

Otto Alencar também foi questionado sobre as recentes declarações de Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, que classificou Fernando Haddad como um ministro “fraco” e que tem “dificuldade para comandar”. O senador revelou ter conversado com Kassab em Brasília e afirmou que não acredita que o correligionário tenha tido a intenção de desmerecer o trabalho do ministro da Fazenda.

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“Na minha opinião, o ministro Haddad teve muitas vitórias no Congresso Nacional. Nós aprovamos, que foi da lavra do ministério dele, a reforma tributária, a complementação, ano passado, da reforma tributária, e os encaminhamentos dos outros projetos, sensíveis até, de cobrança de imposto, sobre fundos exclusivos, offshores, bets, as ‘blusinhas’, a mudança do voto de qualidade do contribuinte para a União na questão do Carf. Eu fui relator, conversei muito com o Haddad sobre essa medida provisória que cobrava imposto dos incentivos dados pelos governadores nos estados”, argumentou.