O Ministério Público da Bahia (MP-BA) está analisando um pedido para recomendar que o Governo do Estado e a Prefeitura de Salvador não realizem contratações da cantora Claudia Leitte. A petição foi apresentada na última quinta-feira (30) pelo Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro) e pela Iyalorixá Jaciara Ribeiro, após a artista ser acusada de racismo religioso.
O motivo da polêmica envolve a alteração na letra da música "Caranguejo", em que Claudia trocou a referência à orixá Yemanjá por Yeshua. A mudança gerou críticas de representantes das religiões de matriz africana, que consideram a substituição um ato de desrespeito.
Entenda a controvérsia
A troca da letra, que ocorre desde 2014, voltou a ser tema de debate após um show da cantora em Salvador, no dia 14 de dezembro de 2024, no Candyall Ghetto Square. A atitude foi criticada por políticos e artistas baianos, incluindo a deputada federal Olívia Santana (PCdoB), que classificou a ação como racismo religioso e cobrou respeito a Iemanjá.
O episódio também repercutiu nas redes sociais. O secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, publicou uma mensagem sobre a importância da Axé Music, recebendo um comentário de Ivete Sangalo com emojis de palmas. Em meio às críticas, o cantor e compositor Carlinhos Brown saiu em defesa de Claudia Leitte, afirmando que a mudança na letra não teve intenção de desrespeitar as religiões afro-brasileiras, mas sim refletia a fé da artista.
A polêmica fez com que Claudia deixasse "Caranguejo" de fora do seu repertório durante o Festival Virada Salvador, na Boca do Rio. Agora, o MP-BA deve avaliar se encaminha uma recomendação formal para que a cantora seja impedida de participar de contratações públicas na Bahia. A decisão deve ser anunciada nos próximos dias.
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