O ex-ministro e articulador do MDB na Bahia, Geddel Vieira Lima, intensificou os esforços para atrair o ex-prefeito de Itapetinga, Rodrigo Hagge (MDB), para a base de apoio do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Apesar do movimento de aproximação, Geddel encontra resistência por parte do correligionário, que mantém vínculos com o grupo político liderado por ACM Neto (União Brasil).
Segundo Geddel, tanto o MDB quanto o próprio governador estão “de braços abertos” para receber Hagge, cuja trajetória política é marcada por dois mandatos à frente da Prefeitura de Itapetinga e por influência no médio sudoeste baiano. “O partido e o governo estão prontos para recepcionar e prestigiar Rodrigo”, afirmou o emedebista em entrevista ao site Políticos do Sul da Bahia.
A investida mais recente do MDB incluiu a recepção do atual prefeito de Itapetinga, Eduardo Hagge — tio de Rodrigo — pelo governador Jerônimo, em uma articulação liderada pelo próprio Geddel. A movimentação sinaliza uma tentativa clara de enfraquecer o palanque de ACM Neto na região.
Sem economizar nas palavras, Geddel classificou a aliança de Rodrigo com o ex-prefeito de Salvador como uma “barca furada”, numa crítica direta ao desempenho e à estratégia do grupo oposicionista nas últimas eleições.
Rodrigo Hagge, por sua vez, mantém silêncio público sobre a investida, enquanto analisa o cenário político em ebulição. Neto do ex-prefeito Michel Hagge, o ex-gestor ainda goza de capital político expressivo no interior do estado, sendo peça estratégica para qualquer composição com vistas às eleições de 2026.
A tensão revela mais que um embate entre correntes partidárias: escancara a disputa por lideranças regionais num momento em que o MDB tenta se reposicionar na Bahia e ampliar sua influência junto ao governo petista.
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