Inema é alvo de investigação por suspeita de corrupção e infrações ambientais na Bahia

O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), responsável por licenciamento e fiscalização ambiental na Bahia, está sob investigação por suspeitas graves que incluem enriquecimento ilícito, crimes contra a administração pública e infrações ambientais. A apuração foi iniciada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e conta com o apoio de órgãos de controle federais, como a Polícia Federal.

Segundo apuração da coluna Pombo Correio, fontes ligadas ao governo estadual descrevem o cenário dentro do instituto como “uma bomba-relógio prestes a explodir”. Além das denúncias, o Inema enfrenta há anos críticas por sucateamento, falta de estrutura e deficiência operacional. Agora, as suspeitas de corrupção aprofundam a crise institucional.

Pessoas com conhecimento de bastidores revelaram que servidores já foram afastados de suas funções, após indícios de irregularidades envolvendo concessões de licenças, favorecimento a empresas e movimentações patrimoniais incompatíveis com a renda dos agentes públicos investigados.

A abertura do procedimento investigatório formal pelo MP-BA sinaliza que os indícios iniciais são considerados relevantes. Os promotores também apuram possíveis conexões entre decisões técnicas do órgão e interesses econômicos externos, especialmente no setor de obras de impacto ambiental e exploração de recursos naturais.

O que está sendo investigado: Suspeitas de enriquecimento ilícito por parte de servidores; Possíveis crimes contra a administração pública, como corrupção ativa e passiva; Infrações ambientais que teriam sido ignoradas ou acobertadas por integrantes do órgão.

Procurado, o MP-BA confirmou a existência do procedimento investigatório, mas informou que o caso corre sob sigilo. Já o Inema, até o momento, não se pronunciou oficialmente. O caso ganha ainda mais relevância diante do papel estratégico do Inema na regulação ambiental do estado. A repercussão da investigação pode comprometer processos em curso, travar licenciamentos e impactar investimentos.