Com duras críticas à gestão estadual e foco em propostas para reverter os altos índices de violência na Bahia, o ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, lançou nesta quinta-feira (5) uma carta-compromisso com medidas alternativas para a segurança pública. O documento foi apresentado durante o evento “SOS Bahia – Caminhos para mudar a segurança pública do nosso estado”, promovido pela Fundação Índigo, da qual Neto é presidente.

O encontro reuniu nomes de peso do cenário político e especialistas no tema, como o governador de Goiás e pré-candidato à Presidência da República, Ronaldo Caiado, o prefeito de Salvador, Bruno Reis, o senador Sergio Moro e o comentarista político Caio Coppolla. O ex-capitão do Bope, Rodrigo Pimentel, também participou e alertou: “A Bahia corre o risco de repetir a escalada de violência que atingiu o Rio de Janeiro nos últimos anos.”

Durante sua fala, ACM Neto responsabilizou diretamente o governador Jerônimo Rodrigues (PT) pela crise na segurança pública do estado, acusando-o de omissão e falta de comando. “O que falta na Bahia é governador. Temos um gestor omisso, passivo, que fecha os olhos para a realidade e ignora o drama vivido diariamente pelas famílias baianas”, disparou.

A carta-compromisso apresentada por Neto propõe ações imediatas e estruturais, como: Reestruturação das polícias com mais efetivo e tecnologia; Integração entre forças de segurança estadual e federal; Reformulação do sistema de inteligência e combate ao crime organizado; Políticas de prevenção e inclusão social em comunidades vulneráveis.

O evento, realizado no Fiesta Bahia Hotel, serviu como plataforma para o União Brasil reforçar sua posição de oposição ao governo estadual e federal na área da segurança. Para o partido, a Bahia vive uma crise sem precedentes no setor, com índices de homicídios, assaltos e presença do crime organizado em crescimento constante.

A movimentação também é interpretada nos bastidores como parte da estratégia eleitoral de ACM Neto, que mantém projeção nacional e segue sendo o principal nome da oposição no estado para 2026.